Jornalismo de Idéias

Jornalismo de Idéias

Nascida durante a Revolução Francesa,a liberdade de imprensa conquistou o seu papel na sociedade.

Com jornalistas munidos de fortes traços iluministas, o que era escrito e as opiniões impressas eram protegidas pela nova Declaração dos Direitos Humanos, onde todos os cidadãos tinham a liberdade de discordar e refletir sobre quaisquer assuntos.

No Brasil, não foi diferente; as primeiras publicações foram relacionadas à independência e a criação de uma Assembléia Constituinte e Legislativa. No entanto, com a conquista da independência, logo surgiu a censura e o controle de tudo que era escrito, registrado, publicado, pautado.

Atualmente, a liberdade de se pensar sobre questões sociais existe, mesmo envolta em tantas críticas e observações. Na televisão, por exemplo, o fato de poder se discutir sobre o homossexualismo e estilos de vida adotados pelas pessoas é fruto de uma liberdade indiscutível. A internet também com o seu papel, possibilitando infinitas ferramentas para reflexão, formando cidadãos com idéias mais abertas e reforçando características do homem moderno.

Entretanto, uma das colocações do jornalista Luiz Weis em uma de suas publicações sobre os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos contraria essa realidade. É fato que nos jornais impressos, os artigos e colunas são conseqüências da liberdade de expressão. Mas, será que os jornais ousam ao ponto de abordar assuntos, como ele mesmo citou o exemplo, da extirpação de clitóris das adolescentes muçulmanas?

Os jornais se limitam ao ponto de dar ao leitor um jornalismo consumista, onde a falta de tempo para se ler um artigo e pensar sobre ele é uma das maiores causas.A falta de liberdade para se criticar e até mesmo concordar com os assuntos mais polêmicos da atualidade está cada relativamente limitado.Faltam desafios para os leitores, a estimulação de interesse e não textos genéricos.A satisfação do leitor então, deveria estar equilibrada, a partir de que assuntos sejam de interesse do público, mas que apresentem conteúdos para obter um envolvimento maior.

Contudo, o desafio volta para o jornalista, que será obrigado a tomar posse da imaginação e conhecimentos cada vez mais específicos. Cabe aí a opção por um jornalismo que não seja formulador de opiniões; mas estimulador.

Aline Agustinetti.

Leitura de apoio: Observatório da Imprensa, Verbo Solto Desafio ao Leitor – e ao jornalista ; Luiz Weis.

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